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O NJBV é um projeto de extensão da UESC que une alunos e professores em prol da saúde, com foco nos adolescentes do Colégio Estadual de Salobrinho (CES). Se inspirou na peça "Ouvi dizer que...", que tinha o intuito de trabalhar com mitos e tabus relacionados a à sexualidade, realizada por um grupo de estudantes do curso de Enfermagem. A partir disso realizou palestras e, em 1988, foi oficialmente aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE). Teve a Prof.ª Mércia Margotto como coordenadora até 2004, quando passou a função para a Prof.ª Aretusa Bitencourt, que lidera até hoje. A intenção do Jovem é apoiar os adolescentes, e não cessar esforços até mesmo em momentos difíceis, como pandemias e greves. Sempre focados no aprimoramento da equipe, pesquisas e interações com os estudantes, realizando pesquisas, promovendo e compartilhando conhecimentos científicos, na área da saúde infantojuvenil. Com tudo isso, na intenção de abraçar a causa indígena, criaram o AICOBECATU. O NJBV ao longo desses 25 anos se manteve firme e em constante evolução, atualmente trabalha a todo vigor atuando em várias frentes.

 


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A história do Núcleo Jovem Bom de Vida (NJBV) no Colégio Estadual do Salobrinho (CES) é marcada pela parceria com a comunidade. A Prof.ª Aretusa Bitencourt, idealizadora do projeto, buscou compreender a função social da escola ao se envolver com a comunidade e conhecer de perto o corpo pedagógico, os alunos e suas famílias. O projeto possui o foco principal em saúde escolar e desenvolve suas ações com os discentes de Enfermagem.

Com o tempo, o Núcleo expandiu sua atuação, incluindo cursos como Comunicação Social, Administração e Medicina. O projeto introduziu a "Feira de Saúde" como uma culminância das atividades, onde há aplicação de vacinas e outros serviços de saúde para a comunidade. Esta abordagem tem como base a compreensão de que a escola pública desempenha um papel fundamental na representação da sociedade e na promoção do bem-estar, ou seja, todo o entorno é beneficiado, seja de forma direta ou indireta.

Assim como todos os projetos de extensão da UESC, o NJBV segue as diretrizes da Política Nacional de Extensão Universitária, sendo elas:

Interação Dialógica: o projeto promove o diálogo entre a universidade e a comunidade, superando a hegemonia acadêmica, isto é, busca trocar saberes, aprender com a comunidade e construir um mundo mais justo e igualitário. A comunidade é ativamente envolvida nas atividades do projeto, promovendo o diálogo construtivo.

Interdisciplinaridade e Interprofissionalidade: o projeto adota uma abordagem interdisciplinar, combinando profissionais e estudantes de várias disciplinas e áreas do conhecimento, colaborando para abordar problemas sociais complexos de maneira mais eficaz e abrangente. Essa colaboração enriquece as soluções propostas.

Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Extensão: o projeto reforça a extensão como parte integral do processo acadêmico, vinculando ensino, pesquisa e extensão. Isso coloca o estudante como protagonista de sua formação, expandindo a visão da sala de aula tradicional para incluir a comunidade como parte do processo educacional.

Impacto na Formação do Estudante: o projeto enriquece a formação dos estudantes, proporcionando-lhes uma experiência teórica e prática. Eles aplicam seu conhecimento na prática, interagem com questões contemporâneas e fortalecem seus compromissos éticos e sociais.

Impacto e Transformação Social: o projeto busca transformar a sociedade e a própria universidade, abordando questões relevantes, priorizando áreas específicas e buscando eficácia na resolução de problemas sociais, fazendo com que haja uma transformação significativa.

 

Dessa forma, o Núcleo Jovem Bom de Vida no Colégio Estadual do Salobrinho representa um modelo exemplar de extensão universitária que vai além do ensino tradicional. Sua história, ação e conformidade com as diretrizes da extensão ilustram a capacidade transformadora da educação. Este projeto não só enriquece a formação dos estudantes, mas também impacta a comunidade, promove o diálogo e busca soluções eficazes para as questões sociais. O NJBV no CES é um exemplo inspirador de como a extensão universitária pode ser uma força que move para a transformação social e a promoção de uma sociedade mais justa e democrática.

 


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A Especialização em Saúde Escolar do Núcleo Jovem Bom de Vida foi criada em 2017, a fim de propor que profissionais de educação e saúde se aprofundem no conhecimento sobre adolescentes. A intenção foi valorizar, motivar e promover a comunicação entre unidades de saúde e escolas, com o objetivo de contribuir para o processo de organização da Saúde Escolar nos municípios regionais espalhados pela Bahia.

 

O curso é direcionado a profissionais da área de saúde e educação, sendo a inscrição obrigatoriamente feita de forma "casada". Ou seja, um profissional de uma área deve se juntar a um profissional da outra área para fazer a inscrição conjunta. Logo em seguida, a dupla deve elaborar um projeto de extensão sobre Saúde Escolar dos seus respectivos municípios, assegurando, assim, a interdisciplinaridade, impacto e transformação. 

 

A metodologia do curso conta com referências teóricas metodológicas que contemplam as diretrizes estabelecidas pelo Plano Nacional de Extensão Universitária (Brasil, 2012): impacto e transformação, interação dialógica, interdisciplinaridade, e indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. Com isso, a estratégia é aplicar e fortalecer ações de diversos setores de atenção à Saúde Escolar, articulando redes públicas de saúde e educação, e redes sociais para a promoção da saúde do jovem a partir da formação dessas redes de corresponsabilidades. 

 

No curso, cerca de 90 alunos já foram certificados nas três primeiras turmas desde 2017. As inscrições são abertas todos os anos e para mais informações sobre o próximo processo seletivo, basta acompanhar as publicações de editais no site da UESC.

 


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A integração do Núcleo Jovem Bom de Vida, juntamente com o projeto na graduação, tem realizado diversas ações direcionadas à saúde do adolescente na comunidade do Salobrinho.  A disciplina Saúde do Adolescente foi inserida na matriz curricular do Curso de  Enfermagem em 2007, através do projeto Jovem Bom de Vida. Ela engloba três disciplinas: Educação e Comunicação na Saúde, Enfermagem na Atenção à Saúde do Adolescente e Práticas Pedagógicas na Saúde, fazendo parte do sétimo semestre do curso de Enfermagem da UESC. Totalizando 60 horas, sendo 30 teóricas e 30 práticas.

 

A metodologia adotada nesta disciplina é descritiva, incentivando os estudantes a escreverem dissertações narrativas sobre suas experiências práticas. Essa abordagem pedagógica segue os princípios da educação popular em saúde e da aprendizagem significativa, estimulando a problematização por meio do processo de enfermagem. As atividades práticas da disciplina são realizadas em parceria com o Núcleo Jovem Bom de Vida, onde são desenvolvidas ações de extensão. Além disso, os alunos têm a oportunidade de aprender por meio de projetos, nos quais são desafiados a enfrentar questões e problemas do mundo real, promovendo uma aprendizagem prática e contextualizada.

 

Essa abordagem integrada não apenas beneficia os adolescentes locais, proporcionando-lhes acesso a cuidados de saúde, mas também enriquece a formação dos estudantes universitários, preparando-os para enfrentar desafios reais no campo da enfermagem. O Núcleo Jovem Bom de Vida continua sendo uma fonte vital de aprendizado, crescimento e apoio para a comunidade local e os futuros profissionais de saúde.

 


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Conhecendo o Observatório Regional de Saúde do Adolescente

 

O Observatório Regional de Saúde do Adolescente é uma das linhas de trabalho do Núcleo Jovem Bom de Vida (NJBV), implementado em outubro de 2020. Esta iniciativa surgiu com o propósito de atender a demanda regional de estudar o perfil epidemiológico dos adolescentes que residem na região.

 

Em parceria com o Núcleo Regional de Saúde Sul (NRS), o Observatório Regional de Saúde do Adolescente tem como objetivo produzir boletins epidemiológicos relacionados à saúde do adolescente em periodicidade quadrimensal, abrangendo 30 municípios, incluindo Itabuna e Ilhéus. Isso envolve a coleta e análise de dados provenientes dos Sistemas de Informação em Saúde, bem como a promoção e ampliação do Programa Saúde na Escola (PSE). Espera-se que o trabalho desenvolvido pelo observatório contribua para o desenvolvimento de políticas públicas, ações e diretrizes q ue melhorem a saúde e qualidade de vida dos adolescentes.

 

O Observatório Regional de Saúde do Adolescente, assim como o NJBV, busca articular o ensino, pesquisa e extensão, promovendo a interação entre estudantes e professores com a sociedade e as redes sociais envolvidas no cuidado com os jovens. Essa interação permite a construção de conhecimentos interdisciplinares, pois o observatório integra a área da saúde com a Geografia, além de estimular a troca de experiências e a produção de conhecimento científico e profissional entre os estudantes.

 

A necessidade de um estudo regional que contemplasse aspectos da saúde dos jovens na região levou à (re)organização das redes de informação, possibilitando uma atenção mais abrangente à saúde do adolescente. O seu público-alvo inclui gestores, profissionais de saúde e da educação dos 30 municípios que compõem as Regiões de Saúde de Itabuna e Ilhéus.

 

Os boletins do Observatório estão disponíveis no site da UESC, e as novas edições são divulgadas no Instagram do projeto. Para ampliar a divulgação e levar informações aos municípios estudados, em 2023, iniciou-se a Caravana Como Anda a Saúde do Adolescente, na qual membros do NJBV e do Observatório visitam os municípios da região, apresentando os dados coletados e discutindo o panorama da saúde do adolescente em cada localidade.

 


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Estruturada em 2018, a linha de ação Aicobecatu do Núcleo Jovem Bom de Vida, foi criada com a intenção de promover diálogos com os professores de escolas indígenas e realizar ações na área da saúde com o público adolescente dessas escolas. O projeto foi idealizado por Augusto Marcos Fagundes Oliveira — na época professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da UESC — mas atualmente a equipe é constituída pelas professoras Amanda Rodrigues, do Departamento de Ciências da Saúde, Diádiney Helena Almeida, do DFCH, e dois bolsistas voluntários. Hoje a linha de ação tem atuado apenas no Colégio Estadual Indígena Tupinambá Acuípe de Baixo (CEITAB) e abrange aproximadamente 30 professores e 40 adolescentes.

 

 


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O projeto Jovem Bom de Vida é composto atualmente por sete professores:

 

 

Juntamente com a participação da coordenadora do projeto, Aretusa Bitencourt (Lattes), cada um deles possui diferentes funções a fim de fazer o Núcleo Jovem Bom de Vida funcionar, buscando auxiliar o jovem e sua família.

 


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Jovem Bom de Vida: Transformando a Ação em Aprendizado!

 

Nossos alunos dedicados se envolvem em atividades como orientação, voluntariado e projetos comunitários, abordando temas cruciais, como saúde ambiental, promoção da atividade física, alimentação saudável, cultura de paz, direitos humanos, prevenção de violências, doenças negligenciadas, situação vacinal, saúde sexual e reprodutiva, prevenção do HIV/IST, uso responsável de substâncias, saúde bucal, auditiva, ocular e a importante luta contra a COVID-19.

 

O Projeto Jovem Bom de Vida se destaca como uma iniciativa que visa promover o Programa de Saúde na Escola (PSE) em instituições de ensino, com ênfase especial no Colégio Estadual do Salobrinho. A colaboração entre o projeto de extensão e a licenciatura abrange uma ampla variedade de tópicos do PSE, abordando questões críticas que afetam a saúde e o bem-estar das comunidades escolares.

 

A parceria com destacados professores de diversos cursos da UESC fortalece a metodologia empregada no ensino das matérias selecionadas, com base no PSE. Além disso, a pós-graduação oferece uma turma ativa com especialização em "Saúde Escolar", na qual os módulos são minuciosamente planejados para estudo mensal. Os alunos, incluindo voluntários e bolsistas, desempenham um papel crucial como Articuladores de Projetos de Intervenção (APIs), contribuindo para a constante melhoria das abordagens educacionais e práticas de
saúde nas escolas.

 

A jornada dos estudantes de diversas áreas, como enfermagem, no Projeto Jovem Bom de Vida é verdadeiramente transformadora, pois oferece a oportunidade de expandir horizontes, combinando aprendizado e ação em prol de causas sociais. Ao participarem ativamente de atividades como orientação, voluntariado e projetos comunitários, esses estudantes desempenham um papel essencial na disseminação do conhecimento e na promoção de um impacto positivo nas escolas e comunidades atendidas.